Quando a vida vai rapido demais, a gente esquece de olhar pros lados, de aproveitar o passeio no Carro. Esse é, pra mim, o grande problema de crescer. O dia-a-dia exige cada vez mais de nós, e essa cobrança começa a ser implantada de tal form a (especialmente pelos familiares), que nós mesmos começamos a nos cobrar: é ai que começa o fim.
O sentido das coisas está justamente no que nao se entende, no mutavel, no incompreensivel.
Quando as coisas começam a tornarem-se mecanicas demais, começam a serem previsiveis; a Rotina nasce e o Diabo aparece.
Por um outro lado, sem essa mesmice nao haveria a "diferentice", e se tudo fosse diferente o tempo todo, aí moraria a mesmice da vida, a Rotina seria fazer tudo diferente todo dia.
O meio termo se mostra exatamente aí, onde o Fazer - esse verbo que demonstra açao e reaçao - torna-se a balança, o peso e a medida, a seu tempo.
O problema é quando o tempo muta no imutavel; quando tudo parece muito igual, e o tempo das coisas nunca chega. Ou pior, passa muito rapido.
Por isso existe, e eu creio piamente, nessa nescessidade de aproveitarmos nao só a vida, mas as vidas, saber pegar pra si o maximo de tudo que está ao seu redor, absolver com maestria, como uma profissional do sexo, deleitando ao extremo cada momento e suas subdivisoes, suas redundancias e repetiçoes. Conjugue o verbo 'viver' e seus sinonimos.
Até mesmo as más experiencias sao boas ao seu tempo, mas o Tempo, é só um.
domingo, 27 de julho de 2008
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Todo dia ela faz
Tudo sempre igual
Me sacode
Às seis horas da manhã
Me sorri um sorriso pontual
E me beija com a boca
De hortelã...
Todo dia ela diz
Que é pr'eu me cuidar
E essas coisas que diz
Toda mulher
Diz que está me esperando
Pr'o jantar
E me beija com a boca
De café...
Todo dia eu só penso
Em poder parar
Meio-dia eu só penso
Em dizer não
Depois penso na vida
Prá levar
E me calo com a boca
De feijão...
Seis da tarde
Como era de se esperar
Ela pega
E me espera no portão
Diz que está muito louca
Prá beijar
E me beija com a boca
De paixão...
Toda noite ela diz
Pr'eu não me afastar
Meia-noite ela jura eterno amor
E me aperta pr'eu quase sufocar
E me morde com a boca de pavor...
Todo dia ela faz
Tudo sempre igual
Me sacode
Às seis horas da manhã
Me sorri um sorriso pontual
E me beija com a boca
De hortelã...
A SABEDORIA DO "COTIDIANO" ESTÁ NO DESAFIO DE TORNAR A ROTINA UMA "METAMORFOSE AMBULANTE".
Parabéns pelo Blog.
beijos "Tia Nla";
PS: Só para lembrar: As brumas são de Marion Zimmer Bradles.
dê o devido crédito a ela.
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