'O mundo anda imundo demais,
os dias perderam a luz do Ser,
aquela imensa totalidade transformou-se em vazio.'
O sentido do que eu faço começa a perder-se entao, a partir do momento em que nao há expectadores no meu show, meu teatro desmorona, meus livros se rasgam, minha flor murcha. Mas assim me pergunto: nao é esse o sentido de toda vida: Acabar, exvair-se com o tempo?
Algoz de todos nós, a esse chamo Tempo. O Senhor de tudo o que se conhece, mata com indiferença, esse que tudo vê e que nunca mostra os olhos.
Enquanto meu amor cantar, enquanto o sol se puser, tudo é valido, menos a desistencia. (...) Pensando bem, a desistencia é a porta pra um recomeço.
Eu queria ter alguem pra trocar cartas, pra resgatar a essencia da espera, a essencia das palavras e a demencia do amor. Da paixao já estou farto. Meu coraçao precisa é de amar, mas quem vai me ensinar o que é o amor? Como saber se já nao o conheço, como, senao buscando?
As vezes parece que o sentido maior da vida é a busca. É só o que fazemos: a busca de respostas, a busca da felicidade, a busca da Salvaçao. Como disse Raul, 'é chato chegar a um objetivo num instante', mas nunca alcançar nao é a coisa mais legal do mundo.
Minha alma adolescente, meu coraçao juvenil nao tem Tempo, e quando o tiver, será com uma faca em meu pescoço.
'O mundo anda imundo demais,
e eu faço parte dessa sujeira.'
sexta-feira, 15 de agosto de 2008
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