(Ode) a Nietzsche
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Diga "alô" ao seu redentor
Peça noticias de sua vida
Reze em vão, peça perdao,
ame o mundo que te fere a ferida
Silencie o medo que te faz chorar
Ignore o desejo que te faz sofrer
Estenda a mão para que te tomem o braço:
dê em troca um abraço e o outro braço a torçer.
A vida mais doce é não pensar em nada.
(Heitor Cardoso)
segunda-feira, 19 de maio de 2008
Instantaneo
Congenito.
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Correndo e correndo, fugindo pra onde?
Nao se sabe de que estamos..
Correndo e vivendo, bebendo da fonte
e a agua da vida secou nos meus labios
Eu tentei entender minha cabeça,
mas é loucura pensar que estamos sãos
E por achar isso importante demais
deixei a vida levantar do meu colchao.
Dormindo no berço das horas estamos todos nós
e pra mim, ja é hora de acordar.
Adeus, já vou, tchau.
(Heitor Cardoso)
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Correndo e correndo, fugindo pra onde?
Nao se sabe de que estamos..
Correndo e vivendo, bebendo da fonte
e a agua da vida secou nos meus labios
Eu tentei entender minha cabeça,
mas é loucura pensar que estamos sãos
E por achar isso importante demais
deixei a vida levantar do meu colchao.
Dormindo no berço das horas estamos todos nós
e pra mim, ja é hora de acordar.
Adeus, já vou, tchau.
(Heitor Cardoso)
quinta-feira, 15 de maio de 2008
Instantaneo

Mera Distraçao
Seu jeito tao discreto me atrai
seus olhos sempre inquietos me distraem
tua boca tao bonita e tao vulgar me convidam pra uma noite de prazer
Te vi tao poucas vezes nada mais;
um só dialogo feito se desfaz
se eu te vejo e voce é incapaz de me notar
Eu e voce apenas pura atraçao, a vida é curta e voce é mera distraçao
Tipo perfeito, de mulher imperfeita pra mim
Se o teu olhar carente corta o meu, baixo a cabeça, desfarço, passo direto por voce
Teus olhos sempre inquietos nao me veem
e eu fico arrependido por te ver passar assim
E eu digo - 'vem ver mais um por do sol comigo, um solitario, sou apenas eu e voce'
Eu sei que vale a pena a distraçao, o que hoje nao se faz por uma noite de prazer
Eu e voce apenas pura atraçao, a vida é curta e voce é mera distraçao
Tipo perfeito, de mulher imperfeita pra mim
(Teo Malvine ; Heitor Cardoso)
terça-feira, 6 de maio de 2008
Apenas mais um aforismo...
Bem, Flamengo mais uma vez ganha. Multidoes saem nas ruas empunhando bandeiras, gritando pros quatro cantos que amam o time. Antes de começar queria deixar bem claro que o que me impulsiona nao é o fato de eu ser Vascaino \o/ Vou me aventurar agora numa area onde confesso nao ter muito conhecimento, mas o que vale é pathos.
Domingo a noite, depois de vinho e cigarros (e supracitando: baderna incessante por parte dos flamenguistas!), mas uma vez cai em uma das minhas 'bobeiras filosoficas'. Estamos em pleno seculo XXI, em breve, mudanças (especialmente economicas - que logo implicarao em sociais -,) drasticas acontecerão que vao modificar bruscamente o modo de vida do brasileiro, e o problema em si nao sao as mudanças, mas sim as atitudes da populaçao.
Nao é de hoje que o bem estar do povo (especialmente dos menos abastardos) é ameaçado graças a política - logo ela que deveria servir de auxílio - e os pseudo-despotas que teimam em querer reinar soberanos, devastando uns aos outros, numa carnificina incessante. Enquanto os elefantes brigam as formigas assistem de camarote a morte chegar, e infelizmente, nesse jogo a bola da vez é a apatia. O comodo tomou conta do brasileiro. Me sinto até envergonhado de usar essa palavra "comodo", dado a situaçao financeira da maioria.
Bons tempos em que nossos pais vestiam a camisa na luta em busca de seus direitos, e empunhavam a bandeira da açao, da liberdade, da atitude. A vida tinha bem mais sentido naqueles dias, imagino.
Como ja nao bastasse utilizar-se do 'ócio' (palavra errada, acho) de forma indevida, o 'adolescente sec. XXI' subverteu a liberdade que herdou, transformou-a em libertinagem. Acho que nao há nada mais frustrante do que lutar em vâo, e acho que é mais ou menos assim que meus pais e avós se sentem quando vêem o noticiario anunciando que grupo de jovens espancou domestica, ou coisa similar.
Todo esse caos e descaso é contrastado ainda com o vampirismo político, que crava no pescoço do nosso Brasil-naçao seus caninos sedentos. A cada novo dia nos aparece um Robin Hood, um novo redentor, com promessas de mudança, mas quando conseguem algo, a mascara sempre acaba caindo e a figura que se revela é algo muito mais horrendo do que a criaçao do proprio Bram Stoker.
Falta sentimento, falta coragem e falta perspectiva para o jovem brasileiro, no que diz respeito ao futuro do país; se realmente sao o futuro da naçao, parece que o fim está proximo.
Fazendo entao uma especie de auto-retrato, gostaria de terminar citando Gessinger:
"Pertenço a um pais que nao me pertence."
(Engenheiros do Hawaii - A Conquista do Espaço)
Domingo a noite, depois de vinho e cigarros (e supracitando: baderna incessante por parte dos flamenguistas!), mas uma vez cai em uma das minhas 'bobeiras filosoficas'. Estamos em pleno seculo XXI, em breve, mudanças (especialmente economicas - que logo implicarao em sociais -,) drasticas acontecerão que vao modificar bruscamente o modo de vida do brasileiro, e o problema em si nao sao as mudanças, mas sim as atitudes da populaçao.
Nao é de hoje que o bem estar do povo (especialmente dos menos abastardos) é ameaçado graças a política - logo ela que deveria servir de auxílio - e os pseudo-despotas que teimam em querer reinar soberanos, devastando uns aos outros, numa carnificina incessante. Enquanto os elefantes brigam as formigas assistem de camarote a morte chegar, e infelizmente, nesse jogo a bola da vez é a apatia. O comodo tomou conta do brasileiro. Me sinto até envergonhado de usar essa palavra "comodo", dado a situaçao financeira da maioria.
Bons tempos em que nossos pais vestiam a camisa na luta em busca de seus direitos, e empunhavam a bandeira da açao, da liberdade, da atitude. A vida tinha bem mais sentido naqueles dias, imagino.
Como ja nao bastasse utilizar-se do 'ócio' (palavra errada, acho) de forma indevida, o 'adolescente sec. XXI' subverteu a liberdade que herdou, transformou-a em libertinagem. Acho que nao há nada mais frustrante do que lutar em vâo, e acho que é mais ou menos assim que meus pais e avós se sentem quando vêem o noticiario anunciando que grupo de jovens espancou domestica, ou coisa similar.
Todo esse caos e descaso é contrastado ainda com o vampirismo político, que crava no pescoço do nosso Brasil-naçao seus caninos sedentos. A cada novo dia nos aparece um Robin Hood, um novo redentor, com promessas de mudança, mas quando conseguem algo, a mascara sempre acaba caindo e a figura que se revela é algo muito mais horrendo do que a criaçao do proprio Bram Stoker.
Falta sentimento, falta coragem e falta perspectiva para o jovem brasileiro, no que diz respeito ao futuro do país; se realmente sao o futuro da naçao, parece que o fim está proximo.
Fazendo entao uma especie de auto-retrato, gostaria de terminar citando Gessinger:
"Pertenço a um pais que nao me pertence."
(Engenheiros do Hawaii - A Conquista do Espaço)
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